Não é fácil definir mística e espiritualidade. Embora possamos ter diferentes definições, mística se liga às motivações profundas, aos valores que movem a pessoa ou grupo a partir de dentro, capazes de gerar ações em prol de outras pessoas e da humanidade como um todo. Embora não tenha necessariamente uma origem religiosa, a mística é ampla, diversificada e mobiliza a pessoa a entregar-se a uma causa, chegando, se necessário, à entrega da vida.

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Quando se fala de espiritualidade no âmbito das pastorais sociais, pretende-se falar daquilo que sustenta agentes e lideranças que assumem a tarefa de agir em nome da Igreja. Em espaços onde a vida é ameaçada, são esperadas ações que transformem esta realidade de morte em sinais do Reino de Deus.

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Embora distintas, mística e espiritualidade se relacionam e se retroalimentam. A mística é a opção fundamental, a decisão que cada um e cada uma toma em favor de pessoas e causas a quem dedicar a própria vida. A espiritualidade é o que sustenta esta decisão, o que alimenta, não deixa esmorecer, é viver segundo o Espírito. Desta maneira, espiritualidade não é algo já pronto. É um caminhar na história.

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Neste sentido, pode-se dizer que a mística dos que estão envolvidos com as Pastorais Sociais é a defesa e o cuidado com a vida, sobretudo onde ela é ameaçada. A espiritualidade é a energia que brota do encontro pessoal e comunitário com Jesus, da convivência com os pobres, da atenção à Palavra de Deus e participação na celebração Eucarística.

 

(do Livro: Pastorais Socias n.2 CNBB)