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Érico Firmo, no O POVO: Câmera nos uniformes, uma proteção para os policiais penais do CE


Por Érico Firmo*, em 23 de Nov de 2022.

OBS: O título do artigo de opinião foi alterado para fins de melhor identificação do assunto perante leitores do site da Pastoral Carcerária do Ceará. Título original: Uma proteção para os policiais


Governo do Ceará instalará câmera nos uniformes de policiais penais — uma garantia inclusive para os profissionais que trabalham nos presídios

O governador eleito Elmano de Freitas (PT) disse que já está em discussão na administração Izolda Cela (sem partido) a instalação de câmeras nos uniformes dos policiais penais, assim como videomonitoramento nos presídios. Segundo Elmano afirmou ontem em entrevista ao Jogo Político, o secretário da Administração Penitenciária, Mauro Albuquerque, é favorável à medida. Faz sentido.


A gestão de Mauro foi alvo de denúncias de tortura e maus-tratos dentro dos presídios. Ele sempre negou. Alguns casos foram levados à Controladoria Geral de Disciplina (CGD). Como Elmano ressaltou, a câmera é uma garantia para o preso, sim. Porém, é também uma proteção para o policial penal. Até para que não seja alvo de armação.


“A pessoa ou organização criminosa que está dentro do sistema prisional também monta situações para acusar o policial penal e a câmera é uma proteção para o policial de que ele não praticou aquilo que estão dizendo que ele praticou”, disse Elmano.


Para o policial correto, sério, honesto, a câmera é uma garantia. O profissional que foi acusado injustamente provavelmente adoraria ter tido uma câmera para provar a inocência. Para o gestor da área, Mauro Albuquerque, a câmera é duplamente conveniente. Se as denúncias são falsas, ele teria como provar. Se verdadeiras, as câmeras seriam instrumento para identificar responsáveis, puni-los e coibir que a violência volte a ocorrer.


Claro, para quem age errado, a câmera é um problema.


Elmano ressaltou que há resultados impressionantes na gestão de Mauro. De fato. Quando ele assumiu a secretaria, o Estado havia registrado 49 mortes em presídios, em 2018. Em 2017, haviam sido 38. Em 2016, 50. Em 2015, 25. Uma mortandade ao longo do primeiro mandato de Camilo Santana (PT). No segundo mandato, com Mauro, houve três mortes em 2019, uma em 2020, uma em 2021 e duas em 2022. A diferença é brutal.


De acordo com Elmano, se a implantação das câmeras não for possível ainda no governo Izolda, ele colocará em prática quando for governador.


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*Colunista de Política do O POVO. Escreve sobre política, seus bastidores e desdobramentos na vida do cidadão comum. Além de colunista, é editor-chefe de Cotidiano do O POVO. Já foi editor adjunto de Política, editor-executivo de Cotidiano no O POVO, editor executivo do O POVO Online e coordenador de plataformas digitais

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